3
- BASE BÍBLICA DO EVANGELISMO
3.1 - O Evangelismo no
V.T.
Uma leitura seca dos livros do Velho
Testamento nos mostra o povo de Deus com atitudes exclusivistas se afastando
das nações ao seu redor, quase nunca testificando da graça de Deus para estas
nações. Ao defender a validade de seu Deus[1] os
israelitas normalmente buscavam proteger sua própria teologia, seu próprio
entendimento de Deus e seu pacto com ele.
O problema é que de fato o povo de
Israel suspeitava das nações vizinhas que adoravam uma grande variedade de
deuses. Por isso, em vez de tentar alcançar as nações, tratando de compartilhar
o seu entendimento do único Deus verdadeiro, desejavam derrotá-las e
destruí-las. Quando lemos a maior parte da história de Israel e de Judá,
aprendemos que eles eram inimigos das outras nações.
Tony Cupit[2] diz
o seguinte:
“Desde o tempo em que Deus
prometeu fazer de Israel uma grande nação e através de sua problemática
história, Israel cria que era a nação especial de Deus e por tanto, não via a
necessidade de alcançar, em um sentido “evangelístico”, a Moabe, Edom,
Filístia, Síria, Amom ou qualquer outra nação vizinha.”
A
promessa de Deus para Abraão, do pacto que Deus mesmo fizera ele, e por
conseqüência com Israel, era de que este seria uma bênção para todas as outras
nações da terra.[3]
Isto antecipava todas as bênçãos futuras para todos os povos da terra. No
entanto, nem mesmo essa realidade motivou Israel a se oferecer para
compartilhar com as nações vizinhas, a sua particular relação com o grande Deus
Iavé.
Quando
lemos os escritos do profeta Ezequiel percebemos que o povo de Israel cria que
a presença de Deus residia somente na cidade santa, a gloriosa Jerusalém, no
templo, no lugar santíssimo, na arca da aliança.[4] Fora
destes locais era impossível Deus estar presente. Desta forma, quando Deus
mandou Judá para o cativeiro na Babilônia, eles pensaram que Deus os havia
abandonado. Era impossível crer que a presença de Deus ia com eles. Acreditavam
que Deus havia permanecido em Jerusalém. Sentaram-se na beira do rio;
penduraram suas harpas; recusaram a cantar os hinos de Sião.[5]
O Assunto é vasto! Continuaremos a nossa conversa e reflexão.
Stephenson Soares Araújo.
12/01/2009
[1]- Veja Gn 1.11.
[2]- CUPIT, L. A. (Tony). Modelos Bíblicos Para El Evangelismo.Ed. S/n.
Unión Bautista LatinoAmericana. 1998. 37 p.
[3]- Veja Gn 12.1-3.
[4]- Veja Ez 43.7.
[5]- Veja Sl 137.1-6. Tenho dito que esta é o salmo da vergonha. Como
posso cantar os cânticos de Sião em terra estranha? Como posso cantar os
cânticos do Deus todo-poderoso, que nunca seria derrotado, diante daqueles que
me derrotaram?
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