sábado, 10 de março de 2012

BASE BÍBLICA DO EVANGELISMO


3 - BASE BÍBLICA DO EVANGELISMO

                        3.1 - O Evangelismo no V.T.

            Uma leitura seca dos livros do Velho Testamento nos mostra o povo de Deus com atitudes exclusivistas se afastando das nações ao seu redor, quase nunca testificando da graça de Deus para estas nações. Ao defender a validade de seu Deus[1] os israelitas normalmente buscavam proteger sua própria teologia, seu próprio entendimento de Deus e seu pacto com ele.          
            O problema é que de fato o povo de Israel suspeitava das nações vizinhas que adoravam uma grande variedade de deuses. Por isso, em vez de tentar alcançar as nações, tratando de compartilhar o seu entendimento do único Deus verdadeiro, desejavam derrotá-las e destruí-las. Quando lemos a maior parte da história de Israel e de Judá, aprendemos que eles eram inimigos das outras nações.
            Tony Cupit[2] diz o seguinte:

“Desde o tempo em que Deus prometeu fazer de Israel uma grande nação e através de sua problemática história, Israel cria que era a nação especial de Deus e por tanto, não via a necessidade de alcançar, em um sentido “evangelístico”, a Moabe, Edom, Filístia, Síria, Amom ou qualquer outra nação vizinha.”         

            A promessa de Deus para Abraão, do pacto que Deus mesmo fizera ele, e por conseqüência com Israel, era de que este seria uma bênção para todas as outras nações da terra.[3] Isto antecipava todas as bênçãos futuras para todos os povos da terra. No entanto, nem mesmo essa realidade motivou Israel a se oferecer para compartilhar com as nações vizinhas, a sua particular relação com o grande Deus Iavé.
            Quando lemos os escritos do profeta Ezequiel percebemos que o povo de Israel cria que a presença de Deus residia somente na cidade santa, a gloriosa Jerusalém, no templo, no lugar santíssimo, na arca da aliança.[4] Fora destes locais era impossível Deus estar presente. Desta forma, quando Deus mandou Judá para o cativeiro na Babilônia, eles pensaram que Deus os havia abandonado. Era impossível crer que a presença de Deus ia com eles. Acreditavam que Deus havia permanecido em Jerusalém. Sentaram-se na beira do rio; penduraram suas harpas; recusaram a cantar os hinos de Sião.[5]

O Assunto é vasto! Continuaremos a nossa conversa e reflexão.

Stephenson Soares Araújo.
12/01/2009

[1]- Veja Gn 1.11.
[2]- CUPIT, L. A. (Tony). Modelos Bíblicos Para El Evangelismo.Ed. S/n. Unión Bautista LatinoAmericana. 1998. 37 p.
[3]- Veja Gn 12.1-3.
[4]- Veja Ez 43.7.
[5]- Veja Sl 137.1-6. Tenho dito que esta é o salmo da vergonha. Como posso cantar os cânticos de Sião em terra estranha? Como posso cantar os cânticos do Deus todo-poderoso, que nunca seria derrotado, diante daqueles que me derrotaram?

Nenhum comentário:

Postar um comentário