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- A MANIPULAÇÃO NO PROCESSO DA EVANGELIZAÇÃO.
O texto a seguir está contido no primeiro livro que escrevi e publiquei pela editora da Convenção Batista Nacional - LERBAN. O livro já está na sua segunda edição.
Convém dar uma lida no livro citado para entender como é séria a realidade da manipulação no processo da evangelização e quais os pontos precisam ser observados para a orientação do processo de reflexão sobre essa prática tão degradante que está, como erva daninha, enraizando-se dentro da igreja local.
Podemos conceituar a manipulação como sendo todo e qualquer processo na relação social, através do qual um ator ou uma unidade operação, em um determinado tempo e contexto específico, exerce o poder, de forma não legitimada, arbitrária, não para estabilizar a sociedade diante das pressões, para evitar a desordem e o caos, senão para garantir algum status de seu interesse.
Convém dar uma lida no livro citado para entender como é séria a realidade da manipulação no processo da evangelização e quais os pontos precisam ser observados para a orientação do processo de reflexão sobre essa prática tão degradante que está, como erva daninha, enraizando-se dentro da igreja local.
Podemos conceituar a manipulação como sendo todo e qualquer processo na relação social, através do qual um ator ou uma unidade operação, em um determinado tempo e contexto específico, exerce o poder, de forma não legitimada, arbitrária, não para estabilizar a sociedade diante das pressões, para evitar a desordem e o caos, senão para garantir algum status de seu interesse.
Os evangelistas de hoje são
conclamados a pensar em algumas proposições sérias a respeito desta manipulação
tão desavergonhadamente utilizada nestes dias. Ei-las:
7.1 -
Considerar a realidade da autoridade e do exercício do poder na evangelização;
7.2 -
Considerar as fontes e as formas de energia existentes dentro das estruturas de
poder social que geram e gerenciam o fenômeno da manipulação, no exercício do
poder, na relação “evangelização/autoridade”;
7.3 -
Considerar que a evangelização é um processo de vida e não apenas a aplicação
de um método ou de uma técnica;
7.4 - O Novo
Testamento nos mostra a possibilidade, a existência e as consequências da
manipulação tanto de homens, quanto de dados, recursos técnicos e forças
espirituais no processo da evangelização, por parte dos homens;[1]
7.5 - A
história da expansão de Igreja nos mostra uma infinidade destes casos;
7.6 - Esta
manipulação é consequência de mal entendimento da ordem de Deus, cuja consequência
é a distorção do caminho no qual o homem irá andar, que será bem diferente
daquele para o qual Deus está chamando este homem;
7.7 - O Novo
Testamento orienta a Igreja a trabalhar na evangelização sem manipulação;[2]
7.8 - O
sincretismo religioso existente dentro da igreja brasileira é consequência
deste fato;
7.9 - Esta
manipulação é fator gerador e gerenciador de religiosidade popular. Isto porque
leva o homem a fazer de tudo - o uso da magia, por exemplo - para garantir sua
autoridade sobre tudo e sobre todos;
7.10 - A
religiosidade popular compõe-se pontos positivos e pontos negativos importantes
que devem ser considerados com honestidade e seriedade e, que possuem grande
poder de influência no processo da evangelização;
7.11 - A
manipulação no processo da evangelização nunca permite gerar servos de Jesus Cristo sadios,
responsáveis e reprodutores e, como consequência, não serão criadas
congregações responsáveis e reprodutoras;
7.12 - A
missiologia brasileira precisa considerar com honestidade, seriedade e com
urgência o fenômeno da manipulação existente dentro da igreja brasileiro, não
apenas para depreciá-lo, criticá-lo e menosprezá-lo, senão para catalogá-lo,
analisá-lo e até mesmo avaliá-lo, a fim de propor diretrizes traçadas por
princípios seguros,[3] para
uma evangelização eficaz, evitando este fenômeno;
7.13 - A
igreja brasileira precisa honesta, séria e urgentemente considerar sua
pragmática, avaliar sua atuação missionária à luz da Palavra de Deus, para
eliminar de dentro de si todo e qualquer modus
operandi que manipula tanto homens quanto dados, recursos técnicos e forças
espirituais no processo da evangelização;
7.14 - A
manipulação faz o indivíduo mudar de agrupamento social sem permitir mudança na
sua vida interior. Não há transformação para melhor, no seu caráter;
7.15 - A
manipulação induz o homem a ser legalista pois o faz viver em desconsideração
ao conhecimento de Deus; com isso ele estabelece a sua própria justiça e não se
submete à justiça estabelecida por Deus;
7.16 - A
manipulação não permite ver a linha divisória entre a obediência e o legalismo;
7.17 - A
manipulação induz o homem a desenvolver um processo de barganha com Deus;
7.18 - A
manipulação produz o descalabro da vida medida pelo ter e não pelo ser;
7.19 - A
manipulação induz à manifestação da ira de Deus;
7.20 - A
manipulação promove a criação e o desenvolvimento da idolatria - de imagens, do
corpo, do materialismo, do mercantilismo, do consumismo e do poder;
7.21 - A
manipulação aumenta o dilema entre a fé e as obras e não permite ao homem viver
as realidades da eleição e da aliança que o próprio Deus faz com ele;
7.22 - A
manipulação leva o homem à tentativa de submeter o Deus todo-poderoso a
condições externas a Ele;
7.23 - A
manipulação cega o homem. Este só si vê envolvido por crise e nunca consegue
visualizar o Deus todo-poderoso que o guarda de maneira viva.
7.24 - A
manipulação leva o homem a explorar o outro em nome de Deus;
7.25 - A
manipulação pode fazer uma lavagem cerebral no outro mas nunca deixar que o
Evangelho trabalhe o seu caráter para conformá-lo à imagem de Cristo mesmo.
[1]- Veja os casos de Ananias e Safira em At 5.1-11, o caso de Simão o
mágico em At 8.9-24, e o caso dos judeus, procurando estabelecer a sua própria
justiça sem se submeter à justiça de Deus, em Rm 10.
[3]- Estes princípios não podem ser outros a não ser os bíblicos,
apurados por uma hermenêutica e exegese rigorosa, crítica, que conduz o obreiro
a sistematizá-los conforme sejam normativos ou circunstanciais, que não permita
a torção das Escrituras, impedindo-o de se apossar dos princípios cujos fatores
sejam circunstanciais para fazer deles princípios normativos segundo o bel
querer do homem.
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