domingo, 15 de maio de 2016

"JONAS" UMA ANÁLISE DA ATIVIDADE MISSIONÁRIA DA IGREJA!



ADORO O DEUS ETERNO, O DEUS DO CÉU, QUE FEZ O MAR E A TERRA!
             
        Quando se atenta para o relato bíblico pode-se observar nele que as nações, os povos, a quem ele fala, todos, adoravam um deus. Eu encontro nesse relato deuses com os seguintes nomes: Astarote, Asherá, Baal, Bel, Camos, Dagon, Moloque, Merodaque, Nebo, Rainha do Céu, Tamuz e outros mais. Quem são esses deuses? O que esses deuses podem fazer?
                O relato bíblico fala assim:
“Quando as suas dificuldades aumentaram, o rei Acaz cometeu pecados piores contra o Deus Eterno. Acaz era assim mesmo! Ofereceu sacrifícios aos “deuses” da Síria, mas esses mesmos deuses foram a causa da sua derrota. Ele disse: os deuses da Síria ajudaram os reis sírios; portanto, vou lhes oferecer sacrifícios e eles me ajudarão também. Mas eles trouxeram desgraça para o rei – Acaz – e para todo o país... Assim Acaz fez que o Eterno, o Deus dos seus antepassados, ficasse muito irado. ”[1]
O relato bíblico declara que esses deuses são frutos, obra da imaginação e da criação do homem.
“Os que fazem imagens não prestam, e os seus deuses, que eles tanto amam, não valem nada. ”[2]
Os deuses criados e feitos pelas mãos dos homens! Apenas invenção do homem afastado do Deus Eterno; pura demonstração de que o seu coração, ardentemente, necessita ter comunhão com o Deus verdadeiro. Ah, Coração! Por que viver desesperado? Por que ficar frio, gelado, dorido? Ah, Coração! Não precisas de qualquer coisa que você mesmo possa fazer; elas não resolvem o seu problema de solidão! Deixastes sair a graça! Ah, Coração! Por que sofrer? Você conhece muito bem Aquele que morava no seu interior, que lhe dava vida, aquecida, produtiva, significativa e, a quem você fechou sua porta! Ah, Coração! A porta fechada faz você ficar desvalorizado pois de si mesmo, o seu valor é nada; mas, você, abrindo a sua porta, encontrará a razão de ser, à medida que você é preenchido por Aquele que te fez, que te valoriza, que é a razão do seu ser, Aquele que te ama! Ah, Coração! À medida que você entra em comunhão com o Deus Eterno encontras a razão da sua própria existência posto ter sido feito à imagem, conforme a semelhança d’Ele. Ah, Coração! Aprenda isso!
“O Deus Eterno diz: “Escute Israel, pois você é o meu servo, provo que escolhi. Eu, o Eterno, sou o seu Criador e o tenho ajudado desde o dia que você nasceu... não fique com medo, pois eu o amo escolhi para ser meu... O Eterno, o Rei e Salvador de Israel, o Deus Todo Poderoso, diz: “Eu sou o primeiro e o último, além de mim não há outro deus. ”[3]
“Não sabem nada as pessoas que oram a deuses que não podem salvá-las... Se pediram socorro à imagem, ela não atende; ela não pode livrá-los das suas dificuldades. ”[4]
                Portanto, somos levados ao aprendizado, de acordo com o relato bíblico, que esses deuses, invenção da mente humana, confecção das habilidosas mãos do homem não podem fazer nada pelos homens que neles confiam. Essa confiança é vã!
                Mas, pode o Deus Eterno ter outros nomes, ou ser reconhecido por outros nomes? Quem, afinal, é o Deus Eterno?
                Os capítulos 44, 45 e 46 do livro do Profeta Isaías nos apresentam um relato importante sobre a pessoa e as ações do Deus Eterno. Mas, nada nos fala sobre o seu nome. Moisés também tinha essa indagação a respeito da qual falaremos mais adiante.
“Eu, e somente Eu, sou o Deus Eterno; não há outro deus além de mim. Embora você não me conheça, Eu lhe dou força para lutar. Faço isso para que, de leste a oeste, o mundo inteiro saiba que além de mim não existe outro deus. Eu, e somente Eu, sou o Deus Eterno. Eu sou o Criador da luz e da escuridão e mando bênçãos e maldições; Eu, o Eterno, faço tudo isso. “[5]
“O Deus Eterno, que criou os céus, é o único Deus. Ele fez a terra e lhe deu forma e a colocou no seu lugar. Ele não a criou para que ficasse vazia, mas para que houvesse moradores nela. O Deus Eterno diz: “Eu sou o Eterno, e não há outro deus. Eu não falei em segredo, Eu não falei num lugar escuro e não disse ao povo de Israel que me procurasse num lugar deserto. Eu, o Deus Eterno, falo a verdade, e o que digo sempre merece confiança. “[6]
                O Deus Eterno é aquele que criou todas as coisas; Ele as sustenta e lhes dirige com puro e santo amor levando tudo ao maravilhoso fim de glória, junto com Ele mesmo! Seu interesse é que todo o mundo, todas as famílias, todos os povos da terra O conheçam e venham se colocar diante d’Ele por livre e espontânea vontade recebendo assim, a vida abundante que vem d’Ele mesmo! O Deus Eterno é o pai de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.[7]
                Mas, e o seu nome? Qual é o seu nome? O que nos ensina o livro do profeta Isaías no relato do seu chamamento no capítulo nove versículos seis? Apenas o simbolismo da graça ensinando de forma poética o seu nome que será maravilhoso, conselheiro, poderoso, Pai da eternidade, príncipe da paz!
                Como o povo hebreu pronuncia o nome de Deus? Encontramos, em português, algumas sugestões na história da exegese e hermenêutica bíblica como sendo YHVH (esquema das letras hebraicas Yud, Heh, Vav e Heh), Adonai, Jeová (mistura híbrida das letras hebraicas YHVH mais as vogais de Adonai), Elohim, todos no Velho Testamento e Kyrios no Novo Testamento. El Elyon para o Cananeu, Vira Cocha para os Incas, Thakur Jiu para os Santal, Magano para o povo Gedeo da Etiópia, Koro para os Mbaka da República Centro Africana, Shang Ti para os Chineses, Horonanim para os Coreanos, Y’Wa para os Karen da Birmânia, Karai Kasan ou Hpan Wa Ning Sang ou Che Wa Ning Chang paras os Kachin da Birmânia, Gui’Shá para os Lahu da Birmânia, Siyeh para os Wa da Birmânia, Are Metaya para os povos Shan e Naga da Índia, Pathian para os Mizo da Índia, Deus ou Senhor, ou Deus Eterno para o Brasileiro; povos preparados de maneira toda especial pelo Deus Eterno, embora o seu nome seja diferente, de acordo com a diferença cultural, para receber a sua mensagem. De certa forma então, não importa o nome dessas citações posto que elas são tentativas de tradução das sugestões da bíblia para o nome do Deus Eterno e não nomes de outros deuses diversos do Deus criador. Todos estes nomes citados nesse parágrafo estão falando de traduções do nome do Deus Eterno, o Deus verdadeiro: Ele é o criador do universo; tudo foi criado por Ele; Ele é o sustentador e dirigente que ama, que é benigno, que fortalece o fraco, ampara e liberta o oprimido, capacita o escolhido, cuja aparência e forma excede a compreensão humana, e por isso não pode ser representado por artefatos e artifícios da maravilhosa invenção e criação humana.
                O Deus Eterno, é o criador do céu, da terra, do sol, da lua, das estrelas, do mar, das nuvens, das árvores, dos animais, dos peixes, das aves, dos répteis, dos insetos, das bactérias, dos bacilos, dos vírus, do átomo; e por fim, é o Deus criador do homem fazendo-o Ele próprio, não apenas dando ordem para que fosse feito como as demais obras, à Sua imagem e semelhança, e que sempre trabalha para que o homem tenha viva comunhão com Ele. Ele é o Pai de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.[8]
“Porém, Moisés disse: ...Quando eu for falar com os israelitas e lhes disser: O Deus dos seus antepassados me enviou a vocês, eles vão me perguntar: Qual é o nome d’Ele? Aí o que é que eu digo? Deus disse: ...Eu Sou Quem Sou. E disse ainda: ...Você dirá o seguinte: Eu Sou me enviou a vocês. O Eterno, o Deus dos seus antepassados, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, me enviou a vocês. Este é o Seu nome para sempre, e assim Ele será lembrado por vocês em todos os tempos. ”[9]
                É a mensagem sobre o Deus Eterno que a Igreja precisa anunciar com urgência. Onde? Onde o Deus Eterno mandar; e Ele nos mandou anunciar a sua mensagem a todos os povos. Mas veja só que interessante:
“Eu sou Hebreu – respondeu Jonas – e adoro o Eterno, o Deus do céu, que fez o mar e a terra. ”[10]
                Jonas faz esta declaração deixando de fazer aquilo que o Deus Eterno, aquele a quem ele diz adorar - servir, havia ordenado. Jonas estava fugindo de sua responsabilidade e compromisso ético, moral, com o Deus Eterno sobre quem ele diz ser o seu Deus. Vemos isso em nós? É muito fácil julgar o Jonas!
Dentro de um navio ele ia para a Espanha e não para Nínive! Sua posição etnocêntrica não o permitia levar a bênção e muito menos imaginar que ele, um hebreu, um israelita devesse abençoar um povo inimigo, os habitantes da grande cidade de Nínive. Que grande ironia! Abençoar o inimigo![11] Dar comida, água[12] e a roupa[13] para o inimigo! Andar duas milhas com ele![14] Dar a outra face![15] Emprestar ao inimigo o que ele necessita![16] Levar a afronta para casa![17] Era um temporal interno. É muito difícil vencer esse temporal. Não obstante a isso vem o temporal externo. O Deus Eterno preparou um temporal, afinal Ele tem domínio sobre toda a sua criação! O navio estava a ponto de afundar nas águas muito embora, Jonas já estava afundado nas trevas do seu próprio coração. Numa situação como essa é impossível servir a Deus com todo o seu coração e muito menos servir ao próximo como a si mesmo. Se não se consegue viver para servir a Deus e ao próximo, por certo, trarás desgraça para si e para o próximo.
“Os marinheiros ficaram com muito medo e gritavam por socorro, cada um ao seu deus. ”[18]
                Jonas dormia.... Ao passar pelo campo do preguiçoso, o viajante observou e aprendeu uma lição: a desgraça, a pobreza, a mendicância vem como um ladrão, como um soldado fortemente armado. A família, os vizinhos, o próximo, todos sofrem com isso.[19]
                Fugir do Deus Eterno, que insensatez! É fugir da graça! É caminhar a passos largos para a desgraça ou, como alguns gostam, para a maldição pois maldito é aquele que não der ouvidos à palavra que sai da boca de Deus. Nesse caso também, os circunstantes são alcançados pela desgraça, pela maldição.
                Quando os marinheiros ouviram da boca de Jonas o relato do que estava acontecendo, e ele sabia o que e, o porquê tudo estava acontecendo e, vendo que a tempestade piorava mais e mais e, que as perdas acumuladas dentro do navio, para todos, já eram bem volumosas, eles ficaram sem saber o que fazer. O próprio Jonas lhes sugere lança-lo ao mar que esse acalmaria. Desesperados os marinheiros...
“Oravam bem alto assim: - Ó Deus Eterno, não nos castigues com a morte, por tirarmos a vida deste homem. Pois tu, Ó Deus Eterno, és quem está fazendo isso; e o que está acontecendo é da tua vontade. ”[20]
                A Igreja, você, eu, precisamos e devemos aprender que a vida deve ser vivida em estrita obediência ao que o Deus Eterno ordena pois o que nós fazemos troveja bem mais alto do que o que nós falamos. Os princípios normativos prescritos e proscritos que estão registrados na Bíblia foram deixados para a nossa instrução, educação, correção e ensino na justiça. A esses devemos obedecer inteligentemente, não cegamente, a qualquer e a todo o custo pois somente assim seremos perfeitos e perfeitamente instruídos e capacitados para desenvolvermos a boa obra que Deus nos mandou fazer.[21] Os princípios circunstanciais relatados na Bíblia precisam ser percebidos, observados, analisados, eles não precisam ser obedecidos à risca, e muito menos imitados; mas, tenham certeza que ricas lições eles nos dão as quais nos ajudam no nosso trabalho.[22]
“- A minha comida – disse Jesus – é fazer a vontade daquele que me enviou e terminar o trabalho que me deu para fazer. ”[23]
“O Senhor não demora a fazer o que prometeu, como alguns pensam. Ao contrário, Ele tem paciência com vocês porque não quer que ninguém seja destruído, mas eu todos se arrependam. ”[24]
                O Deus Eterno é aquele que mais interesse tem em que ninguém se perca; antes, quer que todos se arrependam: os enviados e aqueles a quem eles foram enviados.
Que todos se arrependam! Esse é o clamor a ser feito a todos os povos, nações em todas línguas! Quer estejam perto ou longe! Por toda Igreja! Em todo o tempo!
“Escutem a acusação que o Deus Eterno vai fazer contra o seu povo. Levanta-te, ó Deus, e faze a tua acusação; e que as montanhas e os montes ouçam o que dizes. Ó montanhas, ó alicerces firmes da terra, escutem a acusação que o Deus Eterno faz contra Israel. Pois Ele tem uma questão para resolver com o seu povo; Ele vai acurar o povo de Israel. ”[25]
“Arrependam-se dos seus pecados porque o Reino do céu está perto”[26]
“Arrependem-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para que sejam perdoados; e vocês receberão do Pai o Espírito Santo... – Saiam do meio dessa gente perdida e salvem-se.”[27]
“Portanto, arrependam-se, mudem de vida e voltem para Deus, para que ele perdoe os pecados de vocês. E também, para que tempos de nova força espiritual venham do Senhor e Ele mande   Jesus, que Ele   já tinha escolhido para ser o Messias de   vocês. ”[28]
                Não há serviço – adoração – sem arrependimento, sem obediência! Pois a verdadeira adoração, aquela em espírito e em verdade, reside no fato da percepção e do reconhecimento da soberania e do senhorio de Deus, do seu imenso poder criador e transformador, da sua misericórdia e compaixão infinitas, e da sua vontade soberana de que o seu reino seja implantado entre todos os povos da face da terra. É assim que se processa o culto verdadeiro! A verdadeira adoração!
                Adoro – sirvo - ao Deus Eterno criador do céu, da terra e do mar e, de tudo o que neles há! O Pai de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo! O que sabemos mesmo sobre a adoração?


[1] - Conforme II Cr 28.22-23,25. TLH.
[2] - Veja Is 44.9. TLH.
[3] - Veja – Is 44.1-2,6. TLH.
[4] - Veja Is 45.20; 46.7. TLH.
[5] - Veja Is 45.5-7. TLH.
[6] - Veja Is 45.18-19. TLH.
[7] - Veja Col 1.3.
[8] - Veja Col 1.9.
[9] - Veja Êx 3.13-15. TLH.
[10] - Veja Jn 1.8. TLH.
[11] - Veja Rm 12.14.
[12] - Veja Pv 25.21.
[13] - Veja Mt 5.40.
[14] - Veja Mt 5.41.
[15] - Veja Mt 5.39.
[16] - Veja Mt 5.42.
[17] - Veja Pv 19.11.
[18] - Veja Jn 1.5. TLH.
[19] - Veja esta maviosa lição em Pv 24.30-34.
[20] - Veja Jn 1.14. TLH.
[21] - Veja esta esplêndida lição em II Tm 3.16.
[22] - Veja Pv 24.30-34.
[23] - Veja Jo 4.34. TLH.
[24] - Veja II Pe 3.9. TLH.
[25] - Veja Mq 6.1-2. TLH.
[26] - Veja Mt 4.17. TLH.
[27] - Veja At 238, 40b. TLH.
[28] - Veja At 3.19-20. TLH.

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