Quanto a Paulo, ainda que pareça estar
preocupado apenas com suas Igrejas, com o comportamento dos novos crentes
gentios, que estavam sendo massacrados pelos ensinos dos judaizantes, na
verdade estava trabalhando para espalhar o evangelho como ele conhecia, cria e
pregava. Ele não tem vergonha do Evangelho que considera ser o poder de Deus
para salvação de todo aquele que crê, visto que a justiça de Deus se revela no
Evangelho.[1]
Ele diz que falaria somente das cousas que Cristo fez por intermédio dele para
desta forma tentar conduzir os gentios à obediência, por palavra e por obra,
por força de sinais e prodígios pelo poder do Espírito Santo. Afirma que, desta
maneira, divulgou o evangelho de Cristo desde Jerusalém até ao Ilírico,
esforçando sempre por pregar o evangelho onde Cristo não fora pregado.[2]
Paulo
afirma que seus ensinos eram muito diferentes dos ensinos dos sofistas deste
mundo pois ele anunciava a Cristo, e a este crucificado, que era escândalo para
os judeus e loucura para os gregos.[3]
Conversando
com Timóteo, Paulo o aconselha a se fortificar na graça que está em Cristo
Jesus e que, aquilo que o jovem pastor havia aprendido dele (de Paulo) através
de muitas testemunhas, devia ser transmitido a homens fieis e idôneos para
instruir a outros.[4]
Esta mensagem tem que ser transmitida a todos os outros o quanto for possível.
Por isso ele ensina para Tito que a graça de Deus se manifestou salvadora a
todos os homens.[5]
Na
Epístola aos Hebreus o escritor quer nos ensinar que na gloriosa revelação de
Deus para os homens, Jesus Cristo é o
Filho, e que os anjos são apenas ministros; que Cristo é superior a Moisés; que
Ele é a entrada no descanso de Deus pela fé; que Jesus Cristo é o sumo
sacerdote que se compadece de nós, cujo sacerdócio eterno, é superior ao da
antiga aliança que teve fim. Jesus Cristo é sacerdote único e perfeito, cujo
sacrifício não se repete posto ser eficaz.
Finalmente,
aparece outra vez em cena o apóstolo João para mostrar a revelação de Jesus
Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as cousas que em breve
devem acontecer. A visão do Cristo Glorificado, que esteve morto mas que está
vivo. Que está assentado à direita do trono de Deus e cuida da Sua Igreja e dos
seus pastores. Que se ajunta com os seus remidos no monte Sião. Que venceu a
besta e o falso profeta. Que tem poder para abrir o livro, que virá sem demora
e que finalmente estará com todos os seus, uma multidão que não pode ser
enumerada, de todas as nações, tribos, povos e línguas, na nova Jerusalém
celestial. Senhor que criou um novo céu e uma nova terra.
Esta
é a base do evangelismo no Novo Testamento. Ele é todo evangelístico.
3.3
- Distinção da Boa Nova no Velho Testamento e no Novo Testamento.
3.3.1
- A boa nova tanto no V.T. quanto no N.T. consiste na mesma pessoa. faça uma
comparação dos textos de Is 61 com Lc 4 e Gn 12.7 com Gl 3.16.
3.3.2
- A diferença está no fato de que no V.T. a mensagem diz: “Ele virá!” O ouvinte
crê na promessa. Vive da promessa. No N. T. a mensagem diz: “Ele Veio! Ele
voltará!”[6]
O ouvinte crê no cumprimento.
É óbvio que nessas poucas linhas não temos a intenção de esgotar esse esplêndido assunto. Na próxima oportunidade pretendemos falar sobre uma relevante terminologia que encontramos no N. T. sobre o evangelismo. Continuamos vivendo e dependendo da graça de Deus. É Ele quem nos ama! Deus nos abençoe!
Stephenson Soares Araújo.
12/01/2009
[1]- Rm 1.9-17.
[2]- Rm 15.14-21.
[3]- I Co 1.18-25.
[4]- II Tm 2.1-2.
[5]- Tt 2.11.
[6]- Veja At 1.11.